![](https://ecclesia.org.br/news/wp-content/uploads/2015/04/francisco-e-bartolomeu-2-1.jpg)
![](https://ecclesia.org.br/news/wp-content/uploads/2015/04/francisco-e-bartolomeu-2-1.jpg)
Por ocasião da festa litúrgica de Santo André, padroeiro do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, o Papa Francisco enviou, neste sábado, 30 de novembro, uma mensagem ao Patriarca Bartolomeu I. Como de costume, a mensagem foi entregue pelo cardeal Kurt Koch, prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, ao final da solene Divina Liturgia na Igreja Patriarcal de São Jorge, em Fanar, Istambul. O texto reforça o compromisso com o diálogo, a oração e a colaboração para alcançar a plena comunhão entre católicos e ortodoxos.
Fraternidade e Esperança
O Papa Francisco iniciou sua mensagem expressando votos sinceros ao Patriarca Bartolomeu, ao clero, aos monges e aos fiéis da Igreja de Constantinopla. Reiterando suas orações pela intercessão de Santo André, sublinhou que, apesar dos avanços significativos, a plena comunhão, objetivo final do diálogo ecumênico, ainda é um desafio a ser superado. “A renovada fraternidade que vivemos hoje é motivo de grande ação de graças a Deus, mas a plena comunhão ainda não foi alcançada”, afirmou o Pontífice.
Unidade como Dom Divino
O Papa recordou o 60º aniversário do Decreto Unitatis Redintegratio, celebrado em 21 de novembro. Esse documento, marco do Concílio Vaticano II, estabeleceu o compromisso oficial da Igreja Católica com o ecumenismo, promovendo diálogos frutíferos com outras Igrejas, especialmente a Ortodoxa. Francisco destacou que o objetivo desse compromisso — a partilha plena do único cálice eucarístico — ainda não foi realizado, mas ressaltou a necessidade de perseverar na esperança e no esforço. “A unidade é um dom divino que deve ser acolhido por meio de oração, diálogo e abertura recíproca”, declarou.
Diálogo e Sinodalidade
Em sua mensagem, o Papa enfatizou que o diálogo inter-religioso é essencial em um mundo marcado por divisões e conflitos. Ele mencionou a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro, como um exemplo de escuta mútua e colaboração, valores fundamentais para o fortalecimento dos laços entre católicos e ortodoxos.
Francisco também destacou a participação ativa de representantes ortodoxos no Sínodo, como o Metropolita Job de Pisídia, que contribuiu para reforçar os vínculos de fraternidade. “Ouvir sem julgar deve caracterizar a jornada conjunta entre católicos e ortodoxos”, escreveu o Papa.
Comemoração do Concílio de Niceia
O Pontífice sublinhou a importância do Primeiro Concílio Ecumênico de Niceia, cuja celebração de 1.700 anos ocorrerá em 2025. Ele expressou o desejo de comemorar esse marco histórico junto ao Patriarca Bartolomeu como testemunho da crescente comunhão entre as Igrejas e sinal de esperança para o mundo.
Compromisso com a Paz e a Unidade
Concluindo sua mensagem, Francisco renovou suas orações pela paz em regiões em conflito, como Ucrânia, Palestina, Israel e Líbano, e reiterou o compromisso da Igreja Católica com o diálogo ecumênico. “A plena comunhão é um dom de Deus que devemos buscar com oração, conversão interior e abertura mútua”, afirmou.
A mensagem reforça o desejo de uma unidade cada vez maior entre as Igrejas Católica e Ortodoxa, inspirando esperança e compromisso em prol do diálogo e da reconciliação cristã.
Fonte: Vatican News
Seja o primeiro a comentar