
Um congresso internacional na Áustria reexamina a questão: houve realmente um "Cisma" entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente em 1054?
13 de janeiro de 2025: A Associação de Professores de História Eclesiástica de todas as Faculdades de Teologia da Áustria decidiu, por sugestão de Gregório Larendzakis, renomado teólogo de Creta, ex-aluno da Escola Teológica de Halki e professor emérito da Faculdade de Teologia Católica da Universidade de Graz, revisar a visão amplamente aceita de que em 1054 as Igrejas do Oriente e do Ocidente teriam se excomungado mutuamente, marcando o “Grande Cisma” e a ruptura da comunhão eclesiástica.
Após estudos detalhados, Larendzakis concluiu que, em 1054, em Constantinopla, não ocorreu o chamado “Grande Cisma” entre as Igrejas. Segundo ele, não houve anátemas que condenassem oficialmente as instituições religiosas como um todo, mas apenas conflitos entre figuras específicas, como o cardeal Humberto e o patriarca Miguel Cerulário. Esses eventos teriam intensificado o distanciamento e a alienação entre as partes, mas não configuraram uma ruptura formal entre as Igrejas.
A conclusão das pesquisas de Larendzakis, de que não houve um cisma propriamente dito em 1054, recebeu ampla atenção e é considerada um marco essencial para novas investigações históricas. Esse novo entendimento pode abrir caminho para a reconciliação e a restauração da unidade entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente, após a superação de problemas remanescentes.
Com esse propósito, a Associação de Professores de História Eclesiástica, em parceria com o Instituto de História e Teologia das Igrejas Orientais da Faculdade de Teologia de Viena e a Fundação Pro Oriente, organiza um simpósio internacional nos dias 16 e 17 de janeiro de 2025. O evento será realizado na Universidade de Viena, nas salas da Reitoria e do Conselho Acadêmico da Faculdade de Teologia, com o tema: “1054 – Houve realmente um ‘Cisma’ entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente?”
O simpósio contará com palestrantes das Igrejas Ortodoxa, Católica e Protestante. O principal orador será o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e copresidente do diálogo teológico oficial entre as Igrejas Católica e Ortodoxa. Haverá saudações do representante da Conferência dos Bispos Católicos da Áustria, o bispo de Linz, responsável por questões ecumênicas; do metropolita Arsênio, da Áustria, exarca da Hungria e da Europa Central; e do presidente da Fundação Pro Oriente.
A imagem no programa do simpósio, retratando o Papa Francisco e o Patriarca Ecumênico Bartolomeu “face a face”, simboliza o desejo de avançar no diálogo pela unidade das Igrejas. Caso a conclusão das pesquisas de Larendzakis seja amplamente aceita, o diálogo ecumênico poderá ganhar uma nova e promissora perspectiva.
O cardeal Kurt Koch já declarou publicamente seu apoio às conclusões de Larendzakis.
Com isso, aguardamos com otimismo os resultados deste significativo simpósio teológico, que diz respeito a todas as Igrejas cristãs.
Fonte: Fos Fanarion
Hojé já é 09.02. Poderia nós informar qual foi a conclusão de simpósio internacional nos dias 16 e 17 de janeiro de 2025 com o tema: “1054 – Houve realmente um ‘Cisma’ entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente?”, por favor?