A perícope evangélica de hoje é uma continuação da do domingo anterior, e uma reverberação – quase uma duplicação, eu diria – do evento transfiguração. Uma vez concluída a «multiplicação» o «corte» e a milagrosa «distribuição» do pão para os cinco mil homens – uma cena que evoca a futura ação eucarística da Igreja – os apóstolos sobem ao barco para ir para a outra margem do Lago Tiberíades. Parece que o Mestre dá uma ordem, já que o evangelista esclarece que ele mesmo – ηναγκασεν – obrigou a embarcar e cumprir este programa. Esta ordem, é claro, não é casual: é ele mesmo quem despede – áαπολυση – aos homens depois de tê-los saciado material e espiritualmente: quem os convoca, os satisfaz, também os despede, ou seja, os «envia» – assim como fez com os apóstolos antes – para que sejam MEUS testemunhos e precursores. A despedida é um ato eminentemente simbólico que se refere à perfeição, o culminar da «teosemia»: «Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos. Luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel» (Lc 2: 29-32)…
Texto completo em espanhol abaixo:
homilia
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