Na tarde desta segunda-feira, 25 de setembro de 2023, a aldeia de Phyteias Xiromerou (Grécia) recebeu a visita de seu pai e pastor, S.E. o Metropolita Damaskinos da Etólia e Acarnânia, que presidiu o Ofício de Vésperas da festa da Dormição de São João, o Teólogo, na Santa Igreja de São João (Agios Ioannis). Durante sua homilia, após discorrer sobre as razões por que São João é chamado de «Discípulo Amado» de Cristo e «evangelista do amor», fez referência a sua atitude na Última Ceia e na Crucifixão, recordando três passagens de sua Primeira Epístola, lidas em sequência nas Vésperas, e que contém a palavra «amor», que caracteriza toda a vida e pensamento teológico do Discípulo Amado.
São João, o Teólogo, nos diz que Deus ‘é amor’. Não que Deus tem amor ou demonstra amor, mas que Deus ‘é amor’. Isto quer dizer que ‘se nos unimos a Deus, também podemos experimentar o amor que Ele é. Em outras palavras, o amor não é uma emoção, um estado psicológico. O amor é união com Deus. Se alguém quiser experimentar a forma autêntica, genuína e não adulterada de amor, deve entrar em um relacionamento de comunhão e união com Deus.
Um pouco mais adiante, enfatizou que,
segundo o Evangelista, o amor é o que une as três pessoas da Santíssima Trindade. Portanto, quem se une a Jesus Cristo também se une às outras duas pessoas da Santíssima Trindade. Muitas vezes nos perguntamos como pode ser o nosso relacionamento com Deus? Como podemos trazer Deus para nossas vidas? A resposta é: pelo ‘amor’. Não pela submissão, medo, culpa, compulsão, egoísmo. Apenas pelo amor. Quem ama (o próximo) estará com Ele.
E prosseguiu o Metropolita dizendo que:
O Evangelista João nos brinda com uma novidade teológica única quando nos diz que ‘não se pode chegar a Deus diretamente, mas através do próximo’. Em outras religiões, Deus é imóvel, estático. Para nós, cristãos, Deus se move amorosamente em direção ao homem e o homem em direção a Deus. Mas há uma condição: no meio se interpõe o amor ao próximo. Se amamos a Deus, diz São João, primeiro devemos amar o próximo. Então provaremos que nosso amor por Deus é verdadeiro. Acreditamos que orando a Deus ou seguindo somente os seus mandamentos, podemos alcançá-Lo. Mas quando afastamos de nossa luta espiritual o amor e a observância aos mandamentos, assemelhamo-nos àqueles que trabalham em obras compulsivas. Não sentem a alegria do transcurso das obras e trabalham em um projeto que irá traze-los alegrias por terminar. Quando temos amor, então os mandamentos de Deus não são pesados, mas muito leves, porque quando amo Àquele que me dá os mandamentos, amo também os seus mandamentos. E, sob seus mandamentos, recebo a plenitude interior.
Por isso, os que observam com amor os mandamentos de Deus são os mais compassivos, os mais misericordiosos, os mais generosos. Mas os que guardam os mandamentos de Deus sem amor, tornam-se cruéis e severamente críticos com os outros.
Concluindo, enfatizou o Metropolita que:
Deus é amor e nos chama a amá-Lo. Ele sempre se move amorosamente em nossa direção. Mas isso estabelece uma condição: amar com o mesmo amor o nosso irmão, qualquer irmão. Então nosso amor por Deus será verdadeiro; e se este amor estiver em nós, então seus mandamentos serão aplicados em nossa vida e esta aplicação nos aproximará de Deus e, ao mesmo tempo, sua vontade se fará em nossa vida como fonte permanente de regeneração e causa da nossa salvação.
Com informações e fotos de Arxon.gr
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