
O cisma que dividiu a Igreja Ortodoxa Tewahedo da Etiópia remonta a 1991, quando foi nomeado um novo patriarca após a queda da junta militar-marxista Derg e da chegada ao poder da Frente Democrática Revolucionária dos povos etíopes (PRDF).
Esforços do primeiro-ministro etíope
No texto do comunicado, divulgado pela mídia, são ressaltadas também palavras de reconhecimento ao primeiro-ministro etíope Ahmed Abiy, que “trabalhou duro” para “restaurar a paz no país” – é muito recente o acordo com a vizinha Eritreia, que por fim a um conflito de vinte anos – e pela «unidade da Igreja Ortodoxa».
Em abril passado, durante sua primeira visita aos Estados Unidos, o primeiro-ministro Abiy havia apresentado, de fato, uma iniciativa para reconciliar os dois ramos da Igreja Ortodoxa Tewahedo da Etiópia.
O cisma
O cisma remonta a 1991, quando foi nomeado um novo patriarca após a queda da junta militar-marxista Derg e da chegada ao poder da Frente Democrática Revolucionária dos povos etíopes (PRDF).
Uma Igreja dissidente foi então fundada nos Estados Unidos em torno do patriarca Merkorios, nomeado nos tempos do Derg, e de alguns membros da Igreja que consideravam que o patriarca tinha que assumir este encargo por toda a vida.
Na declaração que coloca fim ao cisma, reconhece-se que nos anos passados os dois Sínodos “não foram capazes de proteger a unidade, a dignidade e os direitos da Santa Igreja”. E disso pedimos “perdão aos fiéis”.
Portanto, “com o fim de proteger a santidade da lei canônica e das tradições da Igreja, uma vez que os dois Sínodos se tornarão um”, serão emitidas regras de conduta vinculantes para todos.
Ainda que – é precisado – o Santo Sínodo também proporá um Kale Awadi, isto é, leis específicas para as comunidades que estão no exterior. Leis que sejam conformes às constituições e regulamentos em vigor nos países de acolhimento e compatíveis com a missão da Igreja.
Fonte: Vatican News | L’Osservatore Romano
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