As Encíclicas Históricas do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla

O Patriarcado Ecumênico, seguindo a lei do amor de Cristo e a mensagem dos Apóstolos, faz «uso de concessões, onde é lícito, não tendo como pressuposto indispensável a rigidez e a estática uniformidade nas coisas não substanciais, pois, pela sua vida colegial, está habituado à unidade na variedade. Por isso, sempre buscou o encontro e a colaboração das outras Igrejas cristãs, na perspectiva do restabelecimento, em todo o mundo cristão, da tradição apostólica e da renovação dinâmica dos costumes perenes” . (Melitão, Metropolita de Heliópolis e Theira).

Para tal fim, ele iniciou uma série de iniciativas específicas de vanguarda com relação ao problema vital da unidade dos cristãos. No exercício de suas obrigações derivadas de sua peculiar posição e expressando o espírito da Ortodoxia, o Patriarcado Ecumênico tem cultivado, no seio da Igreja Ortodoxa, o ideal ecumênico e constituiu-se mensageiro da mesma idéia também no resto do mundo cristão.

Os documentos históricos do Patriarcado Ecumênico mais significativos com relação ao início deste tema ideal são:

  1. A encíclica de 1902;
  2. A encíclica de 1920;
  3. A encíclica de 1952;

Notável é o relevo que o Dr. Visser’t Hooft expressou a propósito da encíclica de 1920:

«(ela) representa um tríplice significado:

  1. A Igreja de Constantinopla foi a primeira a se decidir oficialmente de propor às outras Igrejas a criação de uma comunidade estável ou de um Conselho de Igrejas.
  2. A Encíclica é mais importante porque se dirige a todas as Igrejas de Cristo, “co-herdeiras e co-participes da promessa de Deus em Cristo” (Ef 3,6).
  3. Na carta que acompanha a mesma encíclica, a Igreja de Constantinopla formula um importante princípio quando indica que os contatos propostos às igrejas deverão incluir o pleno acordo dogmático e quando acrescenta que a cooperação entre as mesmas Igrejas deve preparar o caminho rumo a uma tal reunião. Este princípio constituiu um dos pressupostos fundamentais do Movimento Ecumênico».

Fonte:

Ortodossia Cristiana, traduziu gentilmente para ECCLESIA: Pe. José A. Besen