Amor sem Limites
A Igreja Oriental é um mistério peculiar que, como todo mistério, não tem limites precisos ou fronteiras claras. Por isso, é universal, isto é, Católica. A origem deste “Monge da Igreja do Oriente” é, evidentemente, monacal. Dentro do monacato, isto é, daqueles que caracterizam suas vidas pela contemplação viva do culto, da adoração. Este culto que, cumprido como obra de Deus, nos conduz às nossas origens, ao deserto convertido em Paraíso Primevo, à contemplação do Mistério. O culto é ir às origens, e ir às origens é, de uma ou de outra forma, entrar em comunhão com Céu já aqui na terra, o que a Igreja Oriental, a Igreja Ortodoxa, torna presente no deserto de sua pobreza, de seus sofrimentos, de sua perseguição, porém, sobretudo, na riqueza, no esplendor e triunfo de sua Liturgia e de sua contemplação trinitária. Ali, onde mística é teologia e teologia é mística, um monge encontrou um abrigo áspero e doce, seco e florescente do que outro contemplativo tinha vivido. “Por aqui já não há caminho, porque, para o justo não há lei”.