«Dá-me força para ir ao teu encontro com as virgens prudentes!» –

Inexprimível é o nascimento de uma conceção sem semente, isento de corrupção o nascimento de uma mãe sem esposo, pois o nascimento de Deus renova as naturezas: é por isso que todas as gerações te engrandecem segundo a fé reta, ó Mãe e Esposa de Deus.

Ó meu Cristo, amigo do homem, Deus de toda a bondade, antes que, a meio da noite, soe o brado: «Aí vem o esposo; ide ao seu encontro», como diz a Escritura, purifica a minha alma e o meu espírito e dá-me forças para ir ao teu encontro com as virgens prudentes.

Quando as almas dos teus justos estiverem cheias de alegria – enquanto os pecadores gemem e choram, o fogo corre à tua frente e o Juízo está às portas – e Tu apareceres vindo do Céu, poupa-me, ó Compassivo, tem piedade de mim e salva-me.

Tu que és sem princípio, incriado, Filho de Deus, Divindade Suprema, na tua misericórdia e pelas súplicas daquela que te deu à luz, tem piedade de mim, salva-me e dá-me força para estar diante de Ti sem vacilar até de manhã, para me prostrar diante de Ti e Te glorificar, meu Criador. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Apresentamos-te a saudação do anjo, ó Bem-Aventurada e Puríssima: «Alegra-te, tu, que contiveste o Deus que nada pode conter; alegra-te, tu, que levantaste a maldição e fizeste vir a bênção; alegra-te, tu, que reabriste a porta do paraíso».

Livro das Horas do Sinai (século IX)
Cânone da meia-noite, 9ª Ode; SC 486

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