“ENTÃO VERÁS…”

Fazei resplandecer, Senhor, o dia luminoso da vossa ciência
e dissipai as trevas noturnas da nossa alma,
para que seja iluminada e Vos sirva renovada e pura.

O nascer do sol assinala aos mortais o começo das suas labutas;
adornai, Senhor, a morada da nossa alma,
para que nela permaneça o esplendor daquele dia que não tem fim. 

Fazei, Senhor, que cheguemos a contemplar em nós mesmos a vida da ressurreição,
e que nada consiga apartar o nosso espírito das vossas alegrias.

Imprimi, Senhor, em nossos corações
o sinal daquele dia que não se rege pelo movimento do sol,
infundindo-nos uma constante orientação para Vós.

Todos os dias Vos abraçamos nos sacramentos
e Vos recebemos no nossos corpo;
tornai-nos dignos de sentir em nós mesmos
a ressurreição que esperamos.

Com a graça do batismo
conservamos escondido no nosso corpo
o tesouro que nos destes,
esse tesouro que aumenta na mesa dos vossos sacramentos;
fazei-nos viver sempre na alegria da vossa graça.

Nós Vos pedimos
que, através daquela beleza espiritual
que a vossa vontade imortal faz resplandecer mesmo nas criaturas mortais,
nos leveis a compreender retamente a beleza da nossa própria dignidade. […]

A vossa ressurreição, ó Jesus,
faça crescer em nós o homem espiritual
e os sinais dos vossos sacramentos no-lo revelem como num espelho,
para o conhecermos cada vez melhor. […]

Concedei, Senhor,
que caminhemos velozmente para a nossa pátria celeste
e, como Moisés no alto do monte,
a possamos desde já contemplar através da Revelação.

Santo Efrém, o Sírio (c. 306-373),  
Sermão 3, 2.4-5 (Breviário, 09/06) 

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