«No dia do Juízo, a minha palavra elevar-se-á»
Eu sou o Pastor e Mestre de quantos o desejarem; dos outros, sou o Criador, sou o seu Deus por natureza, mas não sou o Rei, nem o Guia, de quantos não pegarem na sua cruz para Me seguir; esses, com efeito, são filhos do Adversário, seus escravos e seus instrumentos. Vê estes mistérios tremendos, vê a sua inconsciência, vê e geme por eles, se puderes, a toda a hora. Com efeito, sendo embora chamados da obscuridade à luz que não tem ocaso, da morte à vida, dos infernos ao Céu, do provisório e do corruptível à glória eterna, enfurecem-se contra quem os ensina, urdindo toda a espécie de armadilhas, preferindo morrer a abandonar as trevas e as obras das trevas para Me seguirem. […]
Não os obrigues a fazer o que lhes ensinas, mas repete-lhes as minhas palavras e exorta-os a observá-las, pois dar-lhes-ão a vida eterna; e estas palavras erguer-se-ão quando Eu vier no dia do Juízo, e julgá-los-ão a todos, um por um, segundo o seu mérito, enquanto tu estarás isento de responsabilidade e de qualquer condenação, porque não dissimulaste a prata das minhas palavras, mas prodigaste a todos tudo quando tinhas recebido. É isso que Me agrada, é essa a obra dos meus apóstolos e dos meus discípulos, que agiram segundo os meus mandamentos: proclamar-Me Deus em todo o mundo, ensinar aminha vontade e comunicar as minhas ordens, deixando-as por escrito aos homens. Esforça-te, pois, por agir e ensinar como eles. […] Esforça-te por te salvares, tu e quantos te ouvem, caso encontres neste mundo algum homem que tenha ouvidos para ouvir, e que escute as tuas palavras!.
Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
Hinos 42, SC 196
Fonte: Evangelho Cotidiano