Rezar em todo o tempo, diante do Filho do Homem
«Fazei isto em memória de Mim. Todas as vezes que comerdes deste pão e que beberdes deste cálice anunciareis a Minha morte, confessareis a Minha ressurreição.» Fazemos, pois, memória do Senhor, dos sofrimentos salvíficos de Cristo, da Sua cruz vivificante, do Seu enterramento durante três dias, da Sua ressurreição de entre os mortos, da Sua ascensão ao céu, da Sua presença à Tua direita, ó Pai, e da Sua segunda vinda, glorioso e temível, oferecendo-Te, daquilo que Te pertence, estas coisas que são Tuas.
Em tudo e por tudo Te cantamos, Te bendizemos, Te damos graças, Senhor, e Te suplicamos, a Ti, nosso Deus. Foi por isso, Mestre santíssimo, que fomos considerados dignos de servir no Teu santíssimo altar, não pela nossa justiça, porque nada fizemos de bom nesta terra; mas, por causa da Tua bondade e da Tua misericórdia superabundante, ousamos aproximar-nos do Teu altar, oferecer o sacramento do santíssimo corpo e do sangue sagrado do Teu Cristo. Pedimos-Te e invocamos-Te, ó Santo dos Santos: que, pela Tua bondade e benevolência, o teu Espírito Santo desça sobre nós e sobre os dons aqui presentes, que os abençoe e os santifique, que consagre este pão ao precioso corpo de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (o diácono responde: Ámen) e este cálice ao precioso sangue de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (o diácono responde: Ámen), derramado pela vida do mundo (o diácono responde: Ámen).
Que todos nós, que participamos no único pão e no único cálice, estejamos unidos uns aos outros na comunhão do único Espírito Santo, e que nenhum de nós participe no corpo santo e no sangue sagrado do Teu Cristo para seu juízo e sua condenação, mas que encontremos piedade e graça, com todos os santos que, desde o começo, Te foram agradáveis. […] E concede-nos glorificar e aclamar, a uma só voz e com um só coração, o Teu nome adorável e maravilhoso: Pai, Filho e Espírito Santo, agora e para sempre, pelos séculos dos séculos. Ámen.
Divina Liturgia de São Basílio (século IV)
Oração eucarística, II Parte
Fonte: Evangelho Cotidiano