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Ícone de «Theofhanes de Creta» - 1546 - Monastério Stavronikita do Monte Athos - Grécia
Ícone de «Theofhanes de Creta» - 1546
Monastério Stavronikita do Monte Athos - Grécia

Meditando com os Ícones:

A Anunciação à Maria:
«A Encarnação do Filho de Deus»

(Texto bíblico: Lc 1, 26-38)

Introdução

[...] «Hoje chegou a alegria de todos,
que absolve a primitiva condenação.
Hoje chegou Aquele que está em todas as partes,
para encher de júbilo todas as coisas»
(André de Creta, Homilia 111.
Exortação da Homilia sobre a Anunciação)
«Este é o dia da boa nova, dia da alegria,
é a festa da Virgem;
o mundo dos homens se toca com o mundo divino;
Adão se renova e Eva se livra da primitiva aflição;
o Tabernáculo de nossa natureza humana
se converte em Templo de Deus,
graças à divinização de nossa condição por Ele assumida.

Oh mistério!
O modo do advento de Deus nos é desconhecido,
o modo da concepção fica inexpressável.
O anjo se faz ministro do milagre;
o seio da Virgem recebe um Filho;
o Espírito Santo é enviado;
do alto o Pai expressa seu beneplácito,
a união se realiza por vontade comum;
n'Ele e por meio d'Ele fomos salvos;
unimos nosso canto ao de Gabriel e cantamos à Virgem:
"Ave cheia de graça,
através de Ti chegou a salvação, o Cristo nosso Deus;
tomou nossa natureza e nos levou para Ele.
Roga pela salvação de nossas almas»
(Doxasticon - Hino da véspera da Festa).

«Hoje se inicia nossa salvação
e a manifestação do eterno Mistério:
o Filho de Deus se fez filho da Virgem
e Gabriel anuncia a graça.
A ti, Maria, como a general invencível,
meus cantos de vitória!
A ti, que me livraste de meus males,
ofereço meus cantos de reconhecimento.
Pois que tens uma força invencível,
livra-me de toda espécie de perigos,
a fim de que te aclame: Ave, Virgem e esposa!»
(Dos Hinos da Festa: Apolitikion e Kontakion).

Na Anunciação é onde «se realizou o mistério
que ultrapassa todos os limites da razão humana,
a Encarnação de Deus» (Monge Gregório).

Esta festa é «o canto proemial de uma alegria indizível»
(André de Creta. Homilia 119)

Festa Litúrgica do Ciclo da Natividade

s primeiros testemunhos desta solenidade litúrgica aparecem na época do Imperador Justiniano, século VI. Na Igreja antiga a Festa da Anunciação era associada inseparavelmente à Natividade.

Aumentando a importância da Natividade do Senhor, se formou um pequeno ciclo natalino, e a Anunciação cobrou mais autonomia até constituir-se em uma Festa mariana autônoma.

O Papa Sérgio I (687-701), um italiano - sírio, oriundo da Cecília, introduziu esta festa na Igreja Romana. Para esta ocasião se celebrava uma solene procissão à Santa Maria Maior, basílica cujos mosaicos se referiam à divina maternidade de Maria, estabelecida pelo Concilio de Éfeso (431).

Desde o princípio, a festa foi estabelecida no dia 25 de março, porque circulava a opinião de que Jesus se havia encarnado coincidindo com o equinócio de primavera, tempo em que, segundo as concepções mais antigas, foi criado o mundo e o primeiro homem. Isto o comenta mais extensamente Anastácio. o Antioqueno (+599) em sua Homilia sobre a Anunciação, 6-7.

Posteriores precisões de natureza teológica são feitas por Máximo, o Confessor (+622), na Vida de Maria, 19. Em ambos, ressoa a concepção de Cristo, o segundo Adão, e a recriação do mundo por Deus, na Encarnação, com vistas à Ressurreição, plenitude de todo o criado. O que mais chama a atenção desta festa é o sentido de alegria algumas vezes difusa, porém sempre profunda, que se mostra nos hinos, orações e homilias. Este fato entrou em conflito com a austeridade da Quaresma, mas, tanto no Oriente como no Ocidente, se decretou que se celebraria esta festa com toda solenidade, caísse na data que caísse.

A Igreja Bizantina adotou esta solenidade com uma pré-festa, o dia 24 de março, com um esplêndido ofício e numerosos hinos entre os quais vale destacar, por sua beleza, o Cânon das Matinas de Teofanes Graptos (+845), acérrimo defensor dos ícones na época dos iconoclastas.

A Iconografia

É comum o Ícone da Anunciação ser colocado ante a porta do santuário entre os ícones das Grandes Festas no iconostásio dos templos. Lendo Ez 44, 1-4, compreenderemos o sentido de colocá-lo assim. Faz alusão à Virgindade de Maria, e a glória do Senhor.

Pedro de Argos(+após 922) comenta na Homilia da Apresentação da Virgem,7: «É ela, a Virgem, a porta que olha o Oriente, que levará em seu seio Aquele que chega dos céus e permanecerá entre nós».

A Virgem

«A Virgem»
«A Virgem»

A Virgem, nos ícones, é representada jovem, segundo o cômputo do monge Epifanio (século IX). Ele, em seu discurso sobre a vida da Mãe de Deus, calcula os anos, altura, fisionomia, cor dos olhos, cor da pele, etc.

«Raio-Espírito»
«Raio-Espírito»

Em geral, a cabeça da Virgem está ligeiramente inclinada, para dar cumprimento ao Salmo: «Escuta filha, presta ouvidos, esquece a casa de teu pai: ao Rei lhe agrada tua beleza». (Sl 46,11)

Raio-Espírito

Do alto vem um raio pousar sobre ela. Representa o Espírito, muitas vezes em forma de pomba, porém não é um raio de luz e sim de sombra: " O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra."

Mantos e túnicas: símbolos das cores

«Manto e Tûnica»
«Manto e Tûnica»

Neste ícone combinam-se perfeitamente, no Anjo e na Virgem, as cores verde, azul, vermelho, púrpura e ouro, todas de grande simbolismo.

A virgem ostenta um manto (maforion) vermelho-marron, bordado em ouro e túnica verde azulada. O anjo leva a mesma túnica, porém com manto púrpura. Ambas as cores se repetem nas asas do anjo e no assento onde esta sentada Maria.

A cor vermelha do manto virginal simboliza o sangue, o princípio do vida, beleza, juventude e amor. É a cor do Espírito Santo, a cor do fogo. É símbolo do sacrifício e do altruísmo. É um vermelho amarronzado.

A cor amarronzada do manto da Virgem indica a humildade, a terra arada que se presta a receber a semente para frutificar. Assim canta-se no Hino do Akathistos 2, ode 3.

O manto do anjo é vermelho; de igual cor é a lã que Maria fia e representa o Cristo sendo tecido em seu seio. A cor vermelha está reservada à mais alta dignidade do mundo antigo: o imperador - que é o poder maior.

O ouro simboliza a divindade, por isso traz um bracelete de ouro no braço.

A vestimenta de cor púrpura é, as vezes, símbolo do poder real e sacerdotal. Através do Anjo, é Deus mesmo quem age em Maria.

Em alguns ícones, a cor das roupas do anjo é branca: é a cor que precede à luz da aurora e que anuncia o nascimento, que anuncia a vida. Tem uma borda azul na manga que se espalha pelo branco de suas asas.

O azul é a cor da imaterialidade e da pureza, de algo que vem de um mundo superior, de um mundo espiritual.

As cores

«O Anjo»
«O Anjo»

As túnicas da Virgem e do Anjo são verdes. O verde é o oposto do vermelho, como é a água do fogo. É a cor do mundo vegetal, da primavera e portanto da renovação. Verde e vida são palavras profundamente conexas.

Situado entre o azul (frio) e o vermelho (quente), o verde é o equilíbrio perfeito. É símbolo da regeneração espiritual.

O azul simboliza o desapego dos valores deste mundo, e a ascensão da alma que tende ao divino, que se encontra com o branco virginal.

O ouro simboliza a divindade e a perfeição que ilumina toda a cena desde cima. É a vida eterna que com Cristo-Luz se faz presente na vida passada.

O ouro espiritualiza as figuras, liberando-as de todas as limitações terrestres e toda a composição se enche de harmonia.

«As Estrelas»
«As Estrelas»

As estrelas

Sobre o manto, aparecem três estrelas: uma na frente e as outras, uma em cada ombro. Correspondem ao gesto trinitário da mão direita do anjo. Representam o sinal da santificação da Trindade, qual Mãe de Deus. Ela era virgem antes e depois do parto, a única sempre virgem no Espírito, na alma e no corpo.

«O Senhor era Aquele que dela nasceu, portanto, a natureza seu curso mudou». (Hino Akathistos Ode 7)

«O Trono de Maria»
«O Trono de Maria»

O trono de Maria

Maria está sentada sobre um trono e seus pés se apóiam em um pedestal, pois ela foi colocada acima da natureza angelical. Calça sapatos de cor púrpura, a mesma cor do manto do anjo e do véu que esta acima dos edifícios. Esta cor vermelha púrpura quer sublinhar seu caráter régio. Ela é a Mãe do Imperador e do Senhor do Universo.

«Salve Rainha, Paraíso animado,
em cujo centro brota a árvore da vida:
o Senhor, cuja doçura é um alento
para aqueles que têm fé
e que estão sujeitos à corrupção».
( Hino Akatistos, ode 5).

Na antiguidade o ouro e a púrpura estavam reservados só ao Imperador e seus familiares. Assim, se quer evidenciar a realeza divina que rodeia a Virgem.

«O Fio de Púrpura»
«O Fio de Púrpura»

O fio de púrpura

Neste caso, por traz da simbologia de cores, se esconde o significado mais importante: o mistério da Encarnação.

A Virgem fia a púrpura. Tece misticamente a vestidura púrpura do corpo do Salvador em seu interior, Rei Deus e Homem.

Efrém da Síria (+373), em seu «Primeiro Discurso Sobre a Mãe de Deus», põe na boca do Anjo estas belíssimas palavras:

«A força do Altíssimo habitará em ti,
e um dos três morará em ti, conforme te foi dito:
'do fio da tela de tua corporeidade Ele será tecido' ...»

Faz referência ao corpo de Jesus formando-se em Maria.

Segundo Efrém, o Senhor tece o novo dom para tirar do homem e da mulher as túnicas de pele com as que haviam se revestido ao serem expulsos do Paraíso (Gn 3,21).

«Hoje Maria se faz Céu e traz a Deus,
porque nela descendeu a excelsa divindade e nela faz morada.
A divindade se fez nela pequena para nos fazer grandes,
dado que, por sua natureza não é pequena.
Nela a divindade nos trouxe um dom para alcançarmos a salvação.»

Efrém da Siria, em seu Segundo Discurso Sobre a Mãe de Deus, expressa de forma perfeita: «O Senhor, ante o qual tremem os anjos, seres de fogo e espírito, está no peito da Virgem».

Da literatura apócrifa vêm várias referências que se plasmaram nas representações iconográficas. Entre elas, o tecer a púrpura. O relato de Lucas não fala da púrpura, mencionada expressamente na literatura apócrifa onde se encarrega Maria de fiar a púrpura, um toldo para o Templo do Senhor. Fiando, recebe o anúncio de sua maternidade.

A Virgem, ao ver «o luminoso, nada segura, agachou a cabeça e caiu.» (Romano o Melode, XI,3)

O Anjo

«O Anjo»
«O Anjo»

Para a simbologia das cores ver a descrição acima.

Ele segura com a mão esquerda um longo bastão, símbolo da autoridade e dignidade do indivíduo, do mensageiro, do peregrino. O anjo corresponde a estas características. A mão direita se estende como que para um anúncio, sinal visível de uma palavra que passa de um individuo a outro. Acompanha o olhar dirigido a Maria: «Um dia a serpente foi, para Eva, fonte de luto; e eu, agora, te anuncio a glória.» Hino Akathistos.

Seus dedos, freqüentemente, estão dispostos não como quem esta falando, mas como alguém que está abençoando; um gesto bizantino de benção, carregado de simbologia. Os três dedos abertos (indicador, médio e indicador) recordam a Trindade, e que Cristo é uma das três pessoas divinas. Os dois dedos recolhidos (polegar e anular) querem recordar que, em Cristo, subsiste duas naturezas (a humana e a divina) porém, nas representações da Anunciação, nem sempre estão visíveis, porque o mistério da Encarnação estava se dando.

Muitas vezes, da figura angélica emana uma sensação de vitalidade de movimento. seu rosto, porém, transmite uma expressão de perplexidade.

Véu e edifícios

«Véu e Edifícios»
«Véu e Edifícios»

Ao fundo vemos edifícios sendo ligados por um véu vermelho.

O véu vermelho, que as vezes cobre a Virgem e que está situado sobre os Edifícios, é uma alusão ao véu do Templo e símbolo do véu do corpo do Salvador que estava sobre ela. Assim o expressa Efrém, o Sírio, em seu Primeiro Discurso Sobre a Mãe a Mãe de Deus.

O Edifício que está atrás do Anjo faz referência aos templos pagãos, incluindo o de Jerusalém. A efígie representada no medalhão, olha em direção contrária ao mistério que acontecia em Maria.

Nenhuma religião antiga pode compreender nem abarcar o mistério da Encarnação, algo totalmente novo.

Deus é diferente a todas as concepções captadas pelo homem até agora. É Deus e Homem, o Todo-Poderoso que se despoja de todo o poder. O incorruptível se fez corruptível. Aquilo que o universo inteiro não pode conter nem abarcar, esconde-se no seio de uma Virgem.

A razão humana nada pode entender; passa despercebido este grande mistério até que seja manifestado e revelado por Cristo.

O poço

«O Poço»
«O Poço»

O poço, que em ícones da Anunciação está situado diante de Maria no lugar onde ela recebe a saudação do anjo; neste ícone, aparece atrás do acento onde Maria se encontra.

O poço é quadrado, símbolo da terra, símbolo do criado em geral e, portanto, posto em plano distinto ao do Anjo, assinalando a superioridade da natureza angelical.

O poço esta no ícone para sublinhar a disponibilidade do criado para receber a água da vida: Cristo em Maria.

O poço, em culturas antigas e, em particular, a hebréia, tem atributos sagrados, pois realiza uma síntese das três ordens cósmicas: o céu, a terra e o inferno; e os três elementos: água, terra e ar. Realiza uma escala de salvação que une entre eles os três planos do criado.

Na cultura hebréia o poço é símbolo da mulher e da esposa.

O jarro de flores

Em algumas representações aparece um jarro de flores. Na iconografia mais antiga este jarro de flores era um pote que a Virgem carregava em seus ombros a caminho da fonte, quando recebera o anúncio do Anjo. Na iconografia atual, tal pote transforma-se em um vaso de flores ornamental. Poderia também significar o epíteto dado a Maria no Hino do Akathistos: «Flor de incorruptibilidade» que foi traduzido para o Ocidente por Bernardo Chiaravalle como «Lírio de Castidade inviolada».

Por estas razões é que há muitas representações iconográficas ocidentais que conservam o vaso; neste ícone o vaso não aparece.

As fontes

Os textos desta festa foram influenciados por uma ampla tradição bíblica e patrística que inclui referências aos textos apócrifos, em especial, do Proto-Evangelho de São Tiago.

Também de tradição apócrifa é o estado de viuvez e a idade de José, assim como a vara florescida como símbolo de eleição para ser esposo de Maria, com a variante da pomba que sai do bastão de José e pousa sobre a sua cabeça como eleito.

A iconografia parece ter sintetizado as referências desta multiplicidade de tradições que tem uma raiz comum no Evangelho de Lucas (Lc 1, 26-38), no qual contém a essência do Credo dos primeiros cristãos sobre a Encarnação; Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu de uma Virgem.

Sobre o texto de Lucas (1, 26-38), os Santos Padres e escritores de espiritualidade se detiveram a comentar dois aspectos: o anúncio foi feito à uma Virgem que já estava prometida a José; a Virgem foi surpreendida com a saudação do Anjo. Sobre este tema existem reflexões teológicas, catequéticas e meditativas muito ricas de significados. Citaremos algumas:

  • Orígenes - «Comentário do Evangelho de Lucas»;
  • Inácio de Antioquia em sua «Meditação sobre a Carta aos Efésios»;
  • Sofrônio de Jerusalém (+638) «Homilia sobre a Anunciação»;
  • Agostinho de Hipona (354-430) - «A Santa Virgindade», texto no qual defende o voto de castidade de Maria.
  • Beda o Venerável (+735) em sua Homilia: «A Anunciação da Bem Aventurada Virgem Maria» Segue esta mesma linha de Agostinho de Hipona.

Deve-se, ao «Comentário sobre o Evangelho de São Lucas», de Orígenes, o fato de Maria ser iconografada com um livro sagrado em suas mãos. Esta mesma idéia defende o monge Epifânio em seu «Discurso sobre a Vida da Santa Mãe de Deus»: [...] «Maria se dedicava intensamente aos estudos da Sagrada Escritura e trabalhava com a seda e a lã».

[...] «Quando Maria aparece com o livro entre as mãos ou junto ao seu acento, existe um significado todo próprio para isto: ela gerou o Verbo, a Palavra, o livro de nossas almas». (hino de Vésperas da Festa)

A festa

Esta festa tem suas raízes nos primeiros séculos do cristianismo. Convergem em duas linhas:

  1. A multiplicidade de homilias para combater a tendência anti-mariana, que queriam demonstrar em Cristo a subsistência, não só da humanidade, senão também da divindade. Maria, «Mãe de Deus» e, não só, «Mãe de Jesus».
  2. A influência pela literatura aramaica que tinha desenvolvido o conceito de Maria como a segunda Eva.

A virgindade e concepção virginal de Maria, tinha um papel de grande importância. Constituía um único assunto da doutrina cristã, assim o testemunha Orígenes em «Contra Celsum» I,7 pg 11,68.

Aristides, em sua Apologia dirigida ao Imperador Adriano - (117-138), sublinha que Jesus «de uma virgem judia tomou e se revestiu de carne e habitou na filha do homem» - (Apologia II, 6-7). Esta questão era tão importante ao ponto de crer, segundo sustenta Inácio de Antioquia - (+115) em sua carta aos Efésios 19,1 - que: «Ao príncipe deste mundo permaneceu oculta a virgindade de Maria, seu parto e a morte do Senhor. São estes os três mistérios que se cumpriram no silencio de Deus».

No Símbolo da Fé (Credo) assim se formula [...] «desceu dos céus e se encarnou por obra do Espírito Santo em Maria Virgem», segundo o Concílio Niceno-constantinopolitano - (381) que se converteu em identidade e de ortodoxia para todas as igrejas orientais e ocidentais.

Contudo, custou muito para se chegar a esta formulação, pois cada igreja tinha um formulário ou um símbolo onde se expressava brevemente as principais verdades da fé. Todos, porém, tinham explícita a fé na Encarnação: Jesus se encarnou «por obra do Espírito Santo em Maria». Tudo isto refletia a complexidade e as controvérsias dogmáticas dos primeiros séculos.


Fonte:

El Arca de Noé

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